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terça-feira, 16 de junho de 2015

Conhecendo a Vitamina D

Também chamada de calciferol, esta vitamina deixa muitas questões por ai: Só o sol basta? Quais alimentos fontes? Fiz o exame e o resultado foi baixo, devo suplementar? Então, pegue o seu café e vamos entender mais sobre o drama dessa vitamina.



Para começar, existe um rebuliço até mesmo na hora de classificá-la: muitos pesquisadores nem a consideram como vitamina, mas sim como um pró-hormônio. Isso porque a vitamina D é sintetizada na pele por uma via não enzimática, através da ação dos raios ultravioleta-radiação B (UV-B). Maaaas, quando a exposição ao sol não é adequada, é indispensável que essa vitamina seja fornecida pela alimentação.


E PRA QUE SERVE?!

Em nós, seres humanos, a vitamina D é essencial na manutenção das concentrações de cálcio e fósforo no soro, mantendo-os em uma variação normal. Ou seja, quando essa vitamina entra em cena vai haver  um aumento da absorção intestinal e uma redução da excreção de cálcio, já que ocorre um aumento da reabsorção pelos túbulos distais dos rins e uma mobilização dos minerais presentes em nossos ossos.

Além disso, essa vitamina também tem função na secreção de insulina, na síntese e secreção de hormônios da tireoide e paratireoide, no sistema imune e na modulação da proliferação celular. Essas ações também estão ligadas a vitamina A, por isso esta também deve estar presente para que estas funções sejam cumpridas.


ENTENDENDO MAIS COMO FUNCIONA...

Seja pelo sol ou pela comida, a vitamina D irá passar por uma série de etapas até se tornar o hormônio ativo.  Primeiro ela chega no fígado e, em termos químicos, é hidroxilada na posição 25 de sua molécula. De cara mudada, passa a se chamar calcidiol, que é a forma principal na qual essa vitamina irá circular pelo sangue e também é o modo no qual será armazenada no organismo. E quando os rins entram em cena o calcidiol sofre outra hidroxilação, desta vez na posição um. Como novamente teve sua cara mudada, resolve que quer ser chamado de calcitriol, que é a forma ativa da vitamina D.


ONDE POSSO ENCONTRAR?

Se a principal fonte é a exposição ao sol, brasileiro não deve sofrer com a deficiência, certo?  Errado! Acontece que nada nessa vida é tão fácil assim. Fatores como cremes corporais, modo de vida, horário e até mesmo a poluição influenciam nesse processo. O que fazer então? Aqui no Brasil, o horário que melhor contribui na formação da vitamina D é o da parte da manhã, até 10 horas. Uma exposição de 15 a 20 minutos é suficiente, até porque ficar “torrando” no sol por muito tempo pode acabar gerando o efeito contrário, já que a síntese de vitamina D passa a ser bloqueada.


E se tratando de alimentos, as principais fontes são os óleos de fígado de peixe, derivados do leite, ovos, fígado de boi e cogumelos.
  

SUPLEMENTAR É PRECISO?

Bom, essa é uma questão controversa. Muitas vezes usamos suplementos pensando que mal não pode fazer, só que quando em excesso a vitamina D pode causar sintomas como fraqueza, náuseas, perda de apetite, dor de cabeça, dores abdominais, cãibras, diarreias e doenças mais graves como a hipercalcemia e a hipercalciúria.

Além disso, de maneira geral, os nutrientes são melhores absorvidos quando consumidos no alimento do que por cápsulas. Isso porque existem interações na matriz alimentar do alimento que faz com que ocorra uma maior absorção desses pelo nosso intestino. Então, vamos tentar pegar aquele famoso solzinho da manhã e consumir os alimentos fontes pra só depois pensar em suplementação.

E claro, sempre consulte um médico e nutricionista antes de tomar qualquer decisão!!


TEXTOS DE REFERÊNCIA

Silvia M. Franciscato Cozzolino - Biodisponibilidade de Nutrientes

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