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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Muito além das Calorias

Convenhamos, quem vai ao supermercado e confere ingrediente por ingrediente de cada produto? No máximo nutricionistas ou veganos. Aos demais, calorias e validade já são mais do que suficientes. Mas você sabe o que realmente está consumindo?



Anos se passaram, a sociedade evoluiu: alimentos deixaram de ser produzidos localmente para serem exportados a longas distâncias, a mulher entrou no mercado de trabalho, o tempo se tornou (e vem se tornando) cada vez mais escasso e, com isso, começou-se a utilizar aditivos alimentares.

A Portaria nº 540 - SVS/MS, de 27 de outubro de 1997 define que aditivo alimentar é "qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos, sem propósito de nutrir, mas com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento. Esta definição não inclui os contaminantes ou substâncias nutritivas que sejam incorporadas ao alimento para manter ou melhorar suas propriedades nutricionais”.


CORANTES

A aparência do alimento é um fator atrativo fundamental para a sua aceitação e consumo. Afinal, se está colorido e vistoso, só pode estar delicioso, não é mesmo? Acontece que os corantes artificiais estão associados a problemas como alergias, rinite, broncoconstrição, hiperatividade, danificação cromossômica, tumores e muitos outros. Felizmente, alguns produtos já vem trocando corantes sintéticos pelos naturais. Porém, o corante carmim (ácido carmínico), apesar de natural, também é associado a reações alérgicas (urticária, angioedema e anafilaxia).


Os corantes artificiais mais utilizados são: azo-amarelo tartrazina (amarelo nº 5), amarelo crepúsculo (amarelo nº 6), Bordeaux S (amaranto ou vermelho nº 2) e Ponceau 4R (vermelho nº 4), a eritrosina (vermelho nº 3) e o indigocarmim (azul nº 2).


AROMATIZANTES

O sabor do alimento sofre uma grande influência de seu aroma, sendo outro diferencial na hora da escolha do produto.

Aromatizantes artificiais são muito utilizados devido ao seu baixo custo e alta persistência... Maaaas, quando as doses são elevadas, podem provocar ações irritantes e até mesmo narcóticas! Outros podem produzir toxicidade crônica em longo prazo, quando em doses superiores às recomendações.
  

CONSERVANTES

A maior parte dos alimentos de origem vegetal e animal se deteriora com facilidade, sendo praticamente impossível mantê-los na prateleira do supermercado por muito tempo. Pensando nisso, iniciou o processo de adição de conservantes nos produtos. Estes são substâncias que impedem ou retardam alterações provocadas pela ação de microrganismos (fungos e bactérias), enzimas e/ou agentes físicos.

Porém, eles também não estão livres de trazer riscos toxicológicos ao consumidor, além de se utilizarem da adição de sódio, aumentando o consumo diário desse mineral e sendo prejudicial em relação a hipertensão arterial.


Atualmente , existem 25 mil aditivos alimentares sendo usados em todo o mundo, sendo que um grande número de estudos tem afirmado que o consumo de quantidades excessivas de aditivos sintéticos podem causar reações gastrointestinaisrespiratóriasdermatológicas neurológicas.
Pensando nisso, foi elaborada uma segunda edição do Guia Alimentar da População Brasileira que visa justamente alertar a população sobre os problemas causados por esses alimentos processados e ultraprocessados, que vem se tornando cada vez mais presentes na rotina do brasileiro. O guia sugere que tenhamos um consumo mais próximo possível do alimento em sua forma natural, voltando a utilizar preparações caseiras no lugar das industrializadas.

Este foi um grande passo que vem sendo elogiado a nível mundial e é também um grande passo contra as doenças cada vez mais comuns na vida moderna (diabetes, hipertensão, obesidade e doenças cardíacas).

Fica a dica!



TEXTOS DE REFERÊNCIA: 
HONORATO, Thatyan Campos ; BATISTA, Elga; do NASCIMENTO, Kamila de Oliveira;
PIRES,Tatiana. Aditivos alimentares: aplicações e toxicologia. Revista Verde (Mossoró – RN - BRASIL), v. 8, n. 5, p. 01 - 11,(Edição Especial) dezembro, 2013.

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