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terça-feira, 4 de agosto de 2015

Alimentação complementar do bebê: O que oferecer e qual o momento certo?

Hoje o post vai para as mamães e papais de plantão, ou até pra você que possui um irmãozinho, priminho, afilhado... Em relação à alimentação, às vezes surgem aquelas dúvidas: "A partir de que idade meu bebê vai começar a comer papinha?"; "Faz bem dar chá?" ou "Isso ou aquilo faz mal pro meu bebê ingerir?"

Então, para esclarecer questões como estas, vamos falar de alimentação complementar para bebês, que consiste em alimentos oferecidos ao bebê para COMPLEMENTAR sua alimentação. Veja bem, não falamos em substituir!

COMO E QUANDO INTRODUZIR O ALIMENTO?
Muitas vezes, a alimentação complementar é oferecida muito cedo pro bebê, o que pode trazer problemas pra sua saúde, causando cólicas, diarreias, alergias etc. Portanto, o leite materno deve ser oferecido exclusivamente até os 6 meses de idade, sem necessidade de acrescentar outros alimentos ou líquidos (água, chá e suco são contra-indicados nesta fase, pois atrapalham o hábito de sucção do bebê).
O aleitamento materno supre as necessidades da criança, e não existe leite fraco, ok? Todo leite materno possui macronutrientes, vitaminas, minerais e fatores de proteção necessários para o bebê. Dessa forma, o Ministério da Saúde recomenda que o aleitamento materno seja mantido até os 2 anos de idade.

Após os 6 meses, acontecem modificações no organismo do bebê que demandam uma complementação na sua dieta, e isso se torna necessário para o seu desenvolvimento. Então, esta é a hora de introduzir GRADUALMENTE outros alimentos. É recomendado uma papa salgada uma vez ao dia e uma papa de frutas duas vezes ao dia, além do leite materno. Aqui também entra a ingestão de água, oferecida em intervalos. A quantidade de papinha e de água será decidida pela própria criança, e, geralmente, é bem pequena.
Lembre-se que é necessário respeitar a vontade da criança, sem forçar se ela não estiver com fome. Os horários devem ser estipulados de acordo com a rotina do responsável pela criança, mas devem ser fixos, preferencialmente. Por exemplo, de manhã pode ser oferecida uma papinha de fruta com leite materno; à tarde, a papinha salgada com outra papinha de fruta. O leite materno pode ser oferecido conforme as necessidades.

E COMO FAZER AS PAPINHAS?
A papinha salgada pode ter um alimento de cada grupo (imagine aqui um prato de comida!):
- Um tipo de cereal ou tubérculo: arroz, batata, mandioca, macarrão etc.
- Um tipo de grão: feijão, grão de bico, lentilha etc.
- Um tipo de carne: frango, peixe, carne de boi ou ovos.
- Um tipo de hortaliça: alface, couve, agrião, cenoura, beterraba abóbora etc.

Esses alimentos devem ser bem cozidinhos e amassados com garfo, sem precisar bater no liquidificador, pois isso atrapalharia o desenvolvimento da mastigação (acostuma a criança a comer apenas alimentos líquidos) e o bebê já é capaz de mastigar com suas gengivas. A carne deve estar bem desfiada e macia. E lembre-se de colocar os alimentos separados no pratinho, para a criança começar a distinguir os sabores. Ah, nem precisa dizer que papinha caseira é muito melhor que a industrial, né?

A papinha de fruta deve apresentar uma fruta, bem picadinha ou amassada. Varie nos sabores  e escolha frutas da estação, podendo oferecer manga, uva, banana, maçã, mamão etc.
A partir dos 7 meses, é acrescentada mais uma papa salgada na alimentação do bebê,  passando a ser, portanto, papa salgada e papa doce duas vezes ao dia.

Quando a criança completar 8 meses, é possível introduzir alimentos mais sólidos, que a família toda come. Aqui entra o incentivo dos familiares para uma alimentação saudável. Mesmo que a criança rejeite, ofereça mais de uma vez. Varie na modo de preparo, nos temperos, consistência, mas não desista na primeira tentativa!

MAMÃES E PAPAIS, FIQUEM LIGADOS!
Evite dar alimentos na mamadeira, e prefira copos, pratos, colheres etc. A mamadeira causa gases, cólicas, pode levar à recusa do seio materno (isso porque sugar o bico da mamadeira é mais rápido e fácil para obter leite) e causar problemas fonoaudiólogos e nos dentes.  Ou seja, tudo de ruim. Prefira copinho!

Não ofereça porcarias para o bebê (entende-se doces, refrigerantes, embutidos, enlatados e outros alimentos industrializados em geral). Os hábitos alimentares saudáveis são criados em casa! Sua fofurinha não precisa dessas besteiras para se sentir feliz. Além disso, a comida deve ser temperada com ingredientes caseiros, pouco sal e refogada com pequena quantidade de óleo.

HIGIENE ACIMA DE TUDO
Muito cuidado com a higiene dos alimentos e dos utensílios! Tudo deve ser lavado com água fervida e sabão. Atenção no armazenamento (guarde a papinha em potinhos na geladeira) e não reutilize sobras no prato.
Após as refeições, é muito importante higienizar a boca do bebê, devendo usar uma gaze molhada com água fervida. Quando os dentinhos começarem a crescer, uma escova infantil pode ser usada com água ou pasta de dente sem flúor.

PORQUE COMER TAMBÉM É UM APRENDIZADO...

Por fim, uma última dica: deixe a criança pegar na comida. Ela vai se sujar, lambuzar, melar a roupa, a cadeirinha, o babador, vai voar comida no quintal... Mas você deve deixar este momento de descoberta e aprendizado acontecer. E não existe coisa mais fofa no mundo - acho que os pais são quem mais babam nessas horas :D

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