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sexta-feira, 15 de maio de 2015

ESPECIAL DE PÁSCOA: Por dentro do Cacau

Que a Páscoa é mais que chocolate não podemos negar, mas, convenhamos, é quase impossível passar por essa data sem comer, pelo menos, um bombonzinho. Por isso preparamos esse especial com dicas e informações  sobre essa irresistível fruta.


Originário do cacaueiro,  é uma planta da família Sterculiaceae,  nativa das florestas quentes e úmidas das terras baixas do México, da América Central e das bacias dos rios Amazonas e Orinoco.

No início a árvore do cacau foi nomeada Amygdale pecuniariae, que significa “amêndoa-dinheiro”, devido a sua importância como moeda de intercêmbio. Porém, o sueco Carl Von Linne foi o responsável pela primeira classificação botânica, denominando-a Theobroma cacao, que pode ser traduzido como “cacau, alimento dos deuses”.


COMPOSIÇÃO DO CACAU

O cacau é um alimento de alto valor energético devido, principalmente, ao seu elevado teor de gordura; é rico em polifenóis e nas vitaminas C e E; além de possuir compostos chamados metilxantinas, teobromina e cafeína, responsáveis por seus efeitos benéficos no humor.


E O QUE TEM DE BOM?!

Os flavonoides presentes no cacau estão associados a um efeito protetor contra doenças cardiovasculares, visto que: potencializa a função endotelial e a inibição da agregação plaquetária; auxilia na redução do colesterol sérico e da oxidação das LDL (colesterol ruim), na modulação da produção de citocinas e possui vitaminas com efeitos antioxidantes (vitaminas C e E). Além disso parece melhorar a sensibilidade à insulina e o controle glicêmico.



MAS COMO NEM TUDO SÃO FLORES...


Os chocolates das nossas prateleiras  possuem um alto valor calórico (cerca de 500kcal a cada 100g) , podendo levar a um ganho de peso corporal, que é um fator de risco para doenças como hipertensão, dislipidemias e diabetes.



QUAL CHOCOLATE COMPRAR?!

Como o chocolate amargo possui um maior teor de massa de cacau e menor quantidade de açúcar, torna-se o mais indicado para consumo. Ou seja, quanto mais amargo maior será a quantidade de flavonoides presentes nele sem que haja grande quantidade de açúcares associados, tornando-se apropriado já que a população, em geral, costuma consumi-lo em excesso.

Já o chocolate branco, como é feito da manteiga de cacau, acaba perdendo essas propriedades e, ao contrário do amargo, sofre uma grande adição de açúcares. Sem falar que já existem pesquisas falando que os compostos que causam aquela sensação de bem estar acabam não estando presentes neste por conta de sua composição.



Mas cuidado! É importante saber que não se deve exagerar em nenhum tipo, mesmo no amargo! Afinal, mudanças para mais na balança geralmente não são desejadas. Mas principalmente porque devemos ter como princípio básico que nenhum alimento foi feito para ser consumido exageradamente e sim em pequenas porções, para que possamos variá-los ao máximo durante o dia (variando entre opções saudáveis, por favor) e, assim, obtendo uma maior quantidade de nutrientes e propriedades funcionais.

Feliz Páscoa!


TEXTOS DE REFERÊNCIA:
SANTOS, Alejandro. Cacau, chocolate e risco cardiovascular.
Revista Factores de Risco, Nº21 ABR-JUN 2011 Pág. 12-17

SILVA, A. S. B. O chocolate e os efeitos benéficos para a saúde.
Centro Universitário São Camilo, no Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente (CAAA) – UNIFESP.

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