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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Comer Carboidrato engorda?

Hoje o nosso post vai falar daquele que se tornou o maior vilão da dieta atualmente: o carboidrato. Não é difícil ouvirmos falar na expressão “zerar carboidrato” quando o assunto é perder gordura corporal. Mas será que esse é realmente o melhor caminho?



PRIMEIRO DE TUDO... PRA QUE SERVEM OS CARBOIDRATOS

Vamos partir do seguinte pensamento: existem três macronutrientes que todos conhecem, as proteínas, os lipídeos e os carboidratos. Cada um deles possui um papel no nosso organismo, portanto todos são indispensáveis para o funcionamento do nosso corpo. A principal função dos carboidratos é ofertar energia para o nosso organismo. Quando esta energia está em excesso, esta é armazenada sob a forma de glicogênio, uma molécula que funciona como um estoque temporário de energia.

Guardamos glicogênio no Fígado e nos músculos, sendo a reserva muscular bem maior ao compara-las.

Quando o glicogênio atinge seus níveis máximos de estoque, a reserva de energia precisa passar para outro lugar. Daí surgem as indesejadas “gordurinhas”.


TUDO NO NOSSO CORPO É UMA QUESTÃO DE EQUILÍBRIO.

Os carboidratos em excesso, assim como os outros macronutrientes, é que levam ao acúmulo de gordura. Se a quantidade de carboidrato ingerida equivale às necessidades corporais, não será necessário aumentar o estoque de gordura corporal. Além disso, o fator intensidade da atividade física também é muito importante, pois é um meio para diminuir as reservas de glicogênio corporal, o que dificulta o acúmulo de tecido adiposo.

É preciso reconhecer que, para atingir seus objetivos, sejam estéticos ou a nível de desempenho no exercício, uma dieta equilibrada nos níveis de macronutrientes é essencial. Um baixo consumo de carboidratos dificulta ganho de massa muscular, pode diminuir performance, pode desequilibrar os níveis de vitaminas e minerais ingeridos (pois muitos alimentos fonte são excluídos ao retirar o carboidrato) e é uma dieta difícil de ser mantida a longo prazo. Ao retornar os carboidratos para a dieta, o ganho de gordura corporal poderá ser  ainda maior, como num efeito rebote. 

NÃO APENAS QUANTIDADE, MAS TAMBÉM MOMENTO E TIPO

Além da quantidade, é muito importante atentar para o momento no qual o carboidrato é ingerido e o tipo de carboidrato. É simples: caso você seja sedentário, é melhor não ingerir grandes quantidades de carboidrato de uma só vez, além de evitar aqueles que causam picos glicêmicos (doces, cereais refinados, pães não integrais, refrigerante, açúcar, etc). Um bom fracionamento das refeições ao longo do dia e a presença de fibras na dieta ajuda bastante (embora o ideal seja você procurar mexer seu corpinho!). 


Caso seja praticante de atividade física, três momentos são os principais para atentar ao carboidrato: desjejum, pré treino e pós treino.

1 - No desjejum, é preciso recuperar o glicogênio degradado durante as horas de sono (que você ficou sem ingerir nada, pois não é de fazer “lanchinhos” de madrugada, certo?). Ao repor o glicogênio, seus estoques de energia para a rotina do dia estão repostos, ajudando a poupar sua massa muscular para que não seja usada como energia.

2 - No pré-treino, é preciso ingerir carboidratos de baixo índice glicêmico (cereais integrais, batata doce etc), para que um pico glicêmico não cause efeito rebote e te deixe sem energia. Estes alimentos podem estar acompanhados de uma proteína magra (iogurte desnatado, queijo magro, frango, etc). Não é preciso se encher de carboidrato, pois talvez você não gaste tudo naquele momento. Lembre-se de suas reservas energéticas, e seja sincero em relação à intensidade do seu treino.

3 - No pós-treino, o corpo precisa repor suas energias e ter calorias para construir massa muscular. Aqui podem entrar carboidratos de índice glicêmico mais alto e uma proteína de alto valor biológico. Mas atenção, converse com seu nutricionista. Caso você ganhe muito facilmente gordura corporal, é melhor ter cuidado com o índice glicêmico do carboidrato até mesmo no pós treino.


MAS LEMBRE-SE QUE CADA ORGANISMO É DIFERENTE...

Nas redes sociais, várias vezes são postadas fotos de refeições de atletas nas quais o prato é composto basicamente de uma salada e uma carne magra. Então, quer dizer que ele está fazendo errado? Certamente não. É preciso lembrar que atletas possuem uma dieta adaptada para cada fase em que se encontram, seja para aumento de performance, ganho de massa muscular ou perda de peso. A rotina de treino destas pessoas é completamente diferente de um praticante de atividade física (que somos nós, os frangos de academia ou praticantes de esporte por lazer). Portanto, é preciso lembrar que o aplicado nele não é necessariamente o que é melhor para você.


Enfim, o recado está dado. Procure um nutricionista para equilibrar sua dieta, de acordo com seus níveis de atividade física e sua rotina, de maneira a conseguir alcançar seus objetivos. Você verá que os resultados serão melhores do que aqueles que você consegue apenas seguindo dietas da moda e dicas do Instagram.


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