Pode ser por religião, filosofia
de vida, saúde ou outros inúmeros motivos, algumas pessoas aderem a esse estilo
de vida. Agora, será que é simplesmente parar de comer carne e pronto? E a
proteína, como fica? E é isso que iremos descobrir hoje.
ANTES DE TUDO, VAMOS ENTENDER O
QUE É O QUE...
Segundo a American Dietetic
Association, o modo de se alimentar pode ser dividido em quatro grupos
diferentes:
- VEGETARIANO:
esse é aquela pessoa que retira, total ou parcialmente, alimentos animais da
sua alimentação;
- ONÍVORO:
é o indivíduo que não possui restrição alimentar formal ou nenhum
constrangimento em consumir qualquer tipo de produto animal, inclusive a carne.
- VEGETARIANOS TRADICIONAIS: são os que aderem
a padrões vegetarianos existentes no meio em que vivem (família, religião e
cultura, por exemplo).
- NOVOS VEGETARIANOS: pessoas que tiveram uma alimentação onívora durante a
infância e adotaram recentemente padrões dietéticos vegetarianos.
E, dentro do grupo dos
vegetarianos existem ainda as subdivisões:
E COMO FICA A PROTEÍNA NESSA
HISTÓRIA?
Os alimentos de origem vegetal
também são fontes de proteína, MAS são deficientes em aminoácidos essênciais e
ainda possuem alguns fatores antinutricionais (fibra, fitato, taninos e
inibidores enzimáticos) que acabam reduzindo a sua biodisponibilidade.
Simplificando: a qualidade
nutricional de proteínas vai depender do quanto eu vou conseguir realmente
absorver. Se eu consigo digerir bem e, em termos de aminoácidos essesciais é
completa, o valor nutritivo será “x”, porém... se tem alguma coisa atrapalhando
a minha absorção ou ainda está faltando algum aminoácido esse valor será
reduzido. Então, é preciso ter uma atenção maior para ter uma dieta
nutricionalmente adequada.
Produtos de origem animal são
completos em aminoácidos essenciais, por isso, os que o consomem conseguem
atingir, com maior facilidade, a recomendação de consumo diária. Mas, se esse tipo de alimentação não faz
parte do seu estilo de vida, fique tranquilo...ainda é possível atingir essas
recomendações. Uma boa estratégia é comer leguminosas e cereais ao decorrer do
dia, já que um completa o outro em termos de aminoácidos. Ou seja, o que falta
em um o outro tem e vice versa. Ai está a magia do feijão com arroz brasileiro!
Além disso, os adeptos a dietas
vegetarianas devem ter uma atenção maior quando se trata de zinco, ferro,
cálcio e selênio.
RISCOS X BENEFÍCIOS
As dietas vegetarianas, podem
incluir quantidades inadequadas de alimentos benéficos e quantidades excessivas
de carboidratos refinados e gorduras pacialmente hidrogenadas (cheias de ácidos graxos trans e quase nada de ômega
3). Então, nada de comer SÓ pizza e macarrão com a desculpa de ser
vegetariano, ok?
Porém, quando bem planejada e bem
orietada por nutricionistas, pode ser considerada saudável e auxiliar na
redução do risco de doenças crônicas não transmissíveis, principalmente por
seus baixo teores de gordura saturada e colesterol, e por seus níveis adequados
de carboidratos, fibras, minerais e vitaminas.
TEXTOS DE REFERÊNCIA:
COZZOLINO, S.M.F.
Biodisponibilidade de Nutrientes.Cap.53. 4 ed. atual. E ampl.. Barueri, SP: Manole
2012.
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