Que a Páscoa é mais que
chocolate não podemos negar, mas, convenhamos, é quase impossível passar por
essa data sem comer, pelo menos, um bombonzinho. Por isso preparamos esse
especial com dicas e informações sobre essa
irresistível fruta.
Originário do cacaueiro, é uma planta da família Sterculiaceae, nativa das florestas quentes e úmidas das terras baixas do México, da América Central e das bacias dos rios Amazonas e Orinoco.
No início a árvore do cacau foi nomeada Amygdale
pecuniariae, que significa “amêndoa-dinheiro”, devido a sua importância
como moeda de intercêmbio. Porém, o sueco Carl Von Linne foi o responsável pela
primeira classificação botânica, denominando-a Theobroma cacao, que
pode ser traduzido como “cacau, alimento dos deuses”.
COMPOSIÇÃO DO CACAU
O cacau é um alimento de alto valor
energético devido, principalmente, ao seu elevado teor de gordura; é rico em
polifenóis e nas vitaminas C e E; além de possuir compostos chamados
metilxantinas, teobromina e cafeína, responsáveis por seus efeitos benéficos no
humor.
E O QUE TEM DE BOM?!
Os flavonoides presentes no
cacau estão associados a um efeito protetor contra doenças cardiovasculares,
visto que: potencializa a função endotelial e a inibição da agregação plaquetária;
auxilia na redução do colesterol sérico e da oxidação das LDL (colesterol
ruim), na modulação da produção de citocinas e possui vitaminas com efeitos
antioxidantes (vitaminas C e E). Além disso parece melhorar a sensibilidade à
insulina e o controle glicêmico.
MAS COMO NEM TUDO SÃO FLORES...
Os chocolates das nossas
prateleiras possuem um alto valor calórico (cerca de 500kcal a cada
100g) , podendo levar a um ganho de peso corporal, que é um fator de risco para
doenças como hipertensão, dislipidemias e diabetes.
QUAL CHOCOLATE COMPRAR?!
Como o chocolate amargo possui um maior
teor de massa de cacau e menor quantidade de açúcar, torna-se o mais
indicado para consumo. Ou seja, quanto mais amargo maior será a quantidade
de flavonoides presentes nele sem que haja grande quantidade de
açúcares associados, tornando-se apropriado já que a população, em geral,
costuma consumi-lo em excesso.
Já o chocolate branco, como é feito da
manteiga de cacau, acaba perdendo essas propriedades e, ao contrário do amargo,
sofre uma grande adição de açúcares. Sem falar que já existem pesquisas falando
que os compostos que causam aquela sensação de bem estar acabam não estando
presentes neste por conta de sua composição.
Mas cuidado! É importante saber que não
se deve exagerar em nenhum tipo, mesmo no amargo! Afinal, mudanças para mais na
balança geralmente não são desejadas. Mas principalmente porque devemos ter
como princípio básico que nenhum alimento foi feito para ser consumido
exageradamente e sim em pequenas porções, para que possamos variá-los ao máximo
durante o dia (variando entre opções saudáveis, por favor) e, assim, obtendo
uma maior quantidade de nutrientes e propriedades funcionais.
TEXTOS DE REFERÊNCIA:
SANTOS, Alejandro. Cacau, chocolate e risco cardiovascular.
Revista Factores de Risco,
Nº21 ABR-JUN 2011 Pág. 12-17
SILVA, A. S. B. O chocolate e os efeitos benéficos para a saúde.
Centro Universitário São
Camilo, no Centro de Atendimento e Apoio ao Adolescente (CAAA) – UNIFESP.
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