Hoje o nosso post vai falar daquele que se tornou o maior
vilão da dieta atualmente: o carboidrato. Não é difícil ouvirmos falar na
expressão “zerar carboidrato” quando o assunto é perder gordura corporal. Mas
será que esse é realmente o melhor caminho?
PRIMEIRO DE TUDO... PRA QUE SERVEM OS CARBOIDRATOS
Vamos partir do seguinte pensamento: existem três
macronutrientes que todos conhecem, as proteínas, os lipídeos e os carboidratos.
Cada um deles possui um papel no nosso organismo, portanto todos são indispensáveis para o funcionamento do nosso corpo. A principal função dos carboidratos é ofertar energia para o
nosso organismo. Quando esta energia está em excesso, esta é armazenada sob a
forma de glicogênio, uma molécula que funciona como um estoque temporário de
energia.
Guardamos glicogênio no Fígado e nos músculos, sendo a reserva
muscular bem maior ao compara-las.
Quando o glicogênio atinge seus níveis
máximos de estoque, a reserva de energia precisa passar para outro lugar. Daí
surgem as indesejadas “gordurinhas”.
TUDO NO NOSSO CORPO É UMA QUESTÃO DE EQUILÍBRIO.
Os carboidratos em excesso, assim como os outros
macronutrientes, é que levam ao acúmulo de gordura. Se a quantidade de
carboidrato ingerida equivale às necessidades corporais, não será necessário aumentar
o estoque de gordura corporal. Além disso, o fator intensidade da atividade
física também é muito importante, pois é um meio para diminuir as reservas de
glicogênio corporal, o que dificulta o acúmulo de tecido adiposo.
É preciso reconhecer que, para atingir seus objetivos, sejam
estéticos ou a nível de desempenho no exercício, uma dieta equilibrada nos
níveis de macronutrientes é essencial. Um baixo consumo de carboidratos
dificulta ganho de massa muscular, pode diminuir performance, pode desequilibrar
os níveis de vitaminas e minerais ingeridos (pois muitos alimentos fonte são
excluídos ao retirar o carboidrato) e é uma dieta difícil de ser mantida a
longo prazo. Ao retornar os carboidratos para a dieta, o ganho de gordura
corporal poderá ser ainda maior, como
num efeito rebote.
NÃO APENAS QUANTIDADE, MAS TAMBÉM MOMENTO E TIPO
Além da quantidade, é muito importante atentar para o
momento no qual o carboidrato é ingerido e o tipo de carboidrato. É simples:
caso você seja sedentário, é melhor não ingerir grandes quantidades de
carboidrato de uma só vez, além de evitar aqueles que causam picos glicêmicos (doces, cereais refinados,
pães não integrais, refrigerante, açúcar, etc). Um bom fracionamento das
refeições ao longo do dia e a presença de fibras na dieta ajuda bastante
(embora o ideal seja você procurar mexer seu corpinho!).
Caso seja praticante
de atividade física, três momentos são os principais para atentar ao
carboidrato: desjejum, pré treino e pós treino.
1 - No desjejum, é preciso recuperar o glicogênio degradado
durante as horas de sono (que você ficou sem ingerir nada, pois não é de fazer
“lanchinhos” de madrugada, certo?). Ao repor o glicogênio, seus estoques de
energia para a rotina do dia estão repostos, ajudando a poupar sua massa
muscular para que não seja usada como energia.
2 - No pré-treino, é preciso ingerir carboidratos de baixo
índice glicêmico (cereais integrais, batata doce etc), para que um pico
glicêmico não cause efeito rebote e te deixe sem energia. Estes alimentos podem
estar acompanhados de uma proteína magra (iogurte desnatado, queijo magro,
frango, etc). Não é preciso se encher de carboidrato, pois talvez você não gaste
tudo naquele momento. Lembre-se de suas reservas energéticas, e seja sincero em
relação à intensidade do seu treino.
3 - No pós-treino, o corpo precisa repor suas energias e ter
calorias para construir massa muscular. Aqui podem entrar carboidratos de
índice glicêmico mais alto e uma proteína de alto valor biológico. Mas atenção,
converse com seu nutricionista. Caso você ganhe muito facilmente gordura
corporal, é melhor ter cuidado com o índice glicêmico do carboidrato até mesmo
no pós treino.
MAS LEMBRE-SE QUE CADA ORGANISMO É DIFERENTE...
Nas redes sociais, várias vezes são postadas fotos de
refeições de atletas nas quais o prato é composto basicamente de uma salada e
uma carne magra. Então, quer dizer que ele está fazendo errado? Certamente não.
É preciso lembrar que atletas possuem uma dieta adaptada para cada fase em que
se encontram, seja para aumento de performance, ganho de massa muscular ou
perda de peso. A rotina de treino destas pessoas é completamente diferente de
um praticante de atividade física (que somos nós, os frangos de academia ou
praticantes de esporte por lazer). Portanto, é preciso lembrar que o aplicado
nele não é necessariamente o que é melhor para você.
Enfim, o recado está dado. Procure um nutricionista para
equilibrar sua dieta, de acordo com seus níveis de atividade física e sua rotina,
de maneira a conseguir alcançar seus objetivos. Você verá que os resultados
serão melhores do que aqueles que você consegue apenas seguindo dietas da moda
e dicas do Instagram.
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