Também chamada de calciferol, esta
vitamina deixa muitas questões por ai: Só o sol basta? Quais alimentos fontes?
Fiz o exame e o resultado foi baixo, devo suplementar? Então, pegue o seu café e vamos
entender mais sobre o drama dessa vitamina.
Para começar, existe um rebuliço até
mesmo na hora de classificá-la: muitos pesquisadores nem a consideram como
vitamina, mas sim como um pró-hormônio. Isso porque a vitamina D é sintetizada
na pele por uma via não enzimática, através da ação dos raios ultravioleta-radiação
B (UV-B). Maaaas, quando a exposição ao sol não é adequada, é indispensável que
essa vitamina seja fornecida pela alimentação.
E PRA QUE SERVE?!
Em nós, seres humanos, a vitamina D é
essencial na manutenção das concentrações de cálcio e fósforo no soro,
mantendo-os em uma variação normal. Ou seja, quando essa vitamina entra em cena
vai haver um aumento da absorção intestinal e uma redução da
excreção de cálcio, já que ocorre um aumento da reabsorção pelos túbulos
distais dos rins e uma mobilização dos minerais presentes em nossos ossos.
Além disso, essa vitamina também tem
função na secreção de insulina, na síntese e secreção de hormônios da tireoide
e paratireoide, no sistema imune e na modulação da proliferação celular. Essas
ações também estão ligadas a vitamina A, por isso esta também deve estar
presente para que estas funções sejam cumpridas.
ENTENDENDO MAIS COMO FUNCIONA...
Seja pelo sol ou pela comida, a
vitamina D irá passar por uma série de etapas até se tornar o hormônio ativo. Primeiro
ela chega no fígado e, em termos químicos, é hidroxilada na posição 25 de sua
molécula. De cara mudada, passa a se chamar calcidiol, que é a forma principal
na qual essa vitamina irá circular pelo sangue e também é o modo no qual será
armazenada no organismo. E quando os rins entram em cena o calcidiol sofre
outra hidroxilação, desta vez na posição um. Como novamente teve sua cara
mudada, resolve que quer ser chamado de calcitriol, que é a forma ativa da
vitamina D.
ONDE POSSO ENCONTRAR?
Se a principal fonte é a exposição ao
sol, brasileiro não deve sofrer com a deficiência, certo? Errado!
Acontece que nada nessa vida é tão fácil assim. Fatores como cremes corporais,
modo de vida, horário e até mesmo a poluição influenciam nesse processo. O que
fazer então? Aqui no Brasil, o horário que melhor contribui na formação da
vitamina D é o da parte da manhã, até 10 horas. Uma exposição de 15 a 20
minutos é suficiente, até porque ficar “torrando” no sol por muito tempo pode
acabar gerando o efeito contrário, já que a síntese de vitamina D passa a ser
bloqueada.
E se tratando de alimentos, as
principais fontes são os óleos de fígado de peixe, derivados do leite, ovos,
fígado de boi e cogumelos.
SUPLEMENTAR É PRECISO?
Bom, essa é uma questão controversa.
Muitas vezes usamos suplementos pensando que mal não pode fazer, só que quando
em excesso a vitamina D pode causar sintomas como fraqueza, náuseas, perda de
apetite, dor de cabeça, dores abdominais, cãibras, diarreias e doenças mais
graves como a hipercalcemia e a hipercalciúria.
Além disso, de maneira geral,
os nutrientes são melhores absorvidos quando consumidos no alimento do que por
cápsulas. Isso porque existem interações na matriz alimentar do alimento que
faz com que ocorra uma maior absorção desses pelo nosso intestino. Então, vamos
tentar pegar aquele famoso solzinho da manhã e consumir os alimentos fontes pra
só depois pensar em suplementação.
E claro, sempre consulte um médico e
nutricionista antes de tomar qualquer decisão!!
TEXTOS DE REFERÊNCIA
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