É muito comum ouvir que beber vinho ou suco
de uva concentrado ao menos em uma refeição por dia é fator de cura e renovação
para o organismo. Certamente você já ouviu falar disso, e até de outras
fórmulas mágicas para enganar o envelhecimento e as doenças crônicas, não é
mesmo?! Mas que tal você entender de uma vez o que tem de tão bom nessas
bebidas?!
UM POUCO DE HISTÓRIA...
A história do Vinho e de seus derivados data
de milhares de anos atrás... As mais antigas
vinhas cultivadas no mundo foram encontradas na Geórgia, na região do Cáucaso, aproximadamente
pelo período da Idade da Pedra. E seguindo a linha do tempo há outros diversos personagens
e histórias que carregaram o Vinho em suas aventuras, bem como o poeta Homero, a
história de Gilgamesh, Noé e até mesmo o Talmude – livro sagrado dos judeus.
O transporte e armazenamentos dos vinhos antigos
era realizado através das ânforas até meados da Idade Média quando, finalmente,
foram substituídas pelos barris, o que facilitou ainda mais a comercialização
deste produto pelos continentes.
A uva foi trazida para as Américas por Cristóvão Colombo, na sua segunda viagem às Antilhas em 1493, e se espalhou, a seguir, para o México e sul dos Estados Unidos e às colônias espanholas da América do Sul. As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil e plantadas por Brás Cubas, inicialmente no litoral paulista e depois na região de Tatuapé.
A uva foi trazida para as Américas por Cristóvão Colombo, na sua segunda viagem às Antilhas em 1493, e se espalhou, a seguir, para o México e sul dos Estados Unidos e às colônias espanholas da América do Sul. As videiras foram trazidas da Ilha da Madeira ao Brasil e plantadas por Brás Cubas, inicialmente no litoral paulista e depois na região de Tatuapé.
COMPOSIÇÃO DO VINHO
Os vinhos e produtos derivados são compostos,
principalmente, por:
ÁGUA
85 - 90%.
ÁLCOOL
7 – 24%, destacando-se o Etanol, o Glicerol e o
Metanol.
ÁCIDOS
1 a 8%, com exemplo dos Ácidos Tartárico, Málico e Cítrico que são provenientes da Uva, e os Ácidos Lático,
Acético e Carbônico provenientes da
Fermentação.
CARBOIDRATOS
Até 15%, com destaque para a Glicose e a Frutose presentes
nas Uvas.
SUBSTÂNCIAS FENÓLICAS
Taninos, Antocianinas, Flavonas
e Flavonóides.
AMINOÁCIDOS
Alanina, Arginina, Leucina, Isoleucina, Metionina, Tirosina,
entre outros.
VITAMINAS
A, C, B1, B2, B6, Biotina, Niacina, Inositol e Ácido
Pantotênico.
SAIS MINERAIS
Sódio, Potássio, Cloro, Cálcio, Magnésio, Ferro,
Cobre, Zinco, entre outros.
CONSERVANTES
Metassulfito e Sorbato de Potássio
E ONDE ENTRA O CHAMPAHGNE DE FIM DE ANO?!
O Champagne -
aquela bebida que todo mundo conhece e que muita gente adora pra
celebrar em festas como o Ano Novo - é, na verdade, um vinho espumante branco ou rosado. Este vinho recebe este nome por ser fabricado na região
de Champagne, na França.
Espumantes são bebidas capazes de produzir anidrido
carbônico (ou seja, borbulhas). Este composto é resultante de uma segunda fermentação
alcoólica do vinho com uma pressão mínima de 4 ATM a 20ºC e com um conteúdo
alcoólico de 10 a 13% em volume. O tipo de champanhe depende de sua
porcentagem de açúcar e a etapa final é o
envelhecimento, que geralmente não leva menos de 3 anos.
UMA GAMA DE BENEFÍCIOS
De maneira geral todas aquelas essas fórmulas
que falamos no início são reais sim!! O problema é que a “mágica” por trás delas
não tem nada a ver com os excessos no consumo de determinado alimento ou
produto.
Um fato muito comum em
relação ao consumo de Vinhos nas últimas décadas é o “paradoxo francês” – uma discussão
a respeito do consumo de vinho frente ao padrão alimentar extremamente gorduroso
dos franceses, seus altos níveis de pressão arterial e colesterol sanguíneo e
seu tão baixo número de mortes por doenças coronarianas. Este fato é estranho,
realmente um paradoxo frente ao que sabemos sobre o consumo exagerado de
alimentos gordurosos e outros fatores de estresse (como cigarro e obesidade) relacionados
ao aparecimento de doenças cardiovasculares e seus agravos.
Foi a partir desta discussão
que cresceram os estudos a respeito dos benefícios do vinho e de suas
propriedades. Sabe-se atualmente que o vinho é uma importante fonte de polifenóis,
como Flavonóides e Antocianinas - substâncias antioxidantes que impedem a ação
dos radicais livres, inibindo a oxidação do colesterol LDL e reduzindo o risco
de doenças coronarianas.
Dos Flavonóides presentes nos vinhos destaca-se o conhecido Resveratrol, composto fenólico que promove uma elevação da taxa de colesterol HDL por meio do aumento de suas frações HDL2, HDL3 e das apolipoproteínas A-1 e A-2 e por uma ação antioxidante, que levaria a uma significativa diminuição do colesterol LDL. Mas vale lembrar que a presença de polifenóis em vinho é mais abundante em vinhos tintos (1000 - 4000 mg/L) do que em vinhos brancos (200 - 300 mg/L).
Dos Flavonóides presentes nos vinhos destaca-se o conhecido Resveratrol, composto fenólico que promove uma elevação da taxa de colesterol HDL por meio do aumento de suas frações HDL2, HDL3 e das apolipoproteínas A-1 e A-2 e por uma ação antioxidante, que levaria a uma significativa diminuição do colesterol LDL. Mas vale lembrar que a presença de polifenóis em vinho é mais abundante em vinhos tintos (1000 - 4000 mg/L) do que em vinhos brancos (200 - 300 mg/L).
Dentre as propriedades
benéficas dos vinhos podemos destacar não apenas seu efeito cardioprotetor, mas também seu
efeito antiinflamatório, sua ação inibitória para agregação plaquetária e prevenção
do câncer, além de ter efeito indireto no mecanismo de vasodilatação (por
estimular a produção de óxido nítrico e diminuir sua reação com os radicais
livres).
SÓ NÃO EXAGERE NAS TAÇAS!!
São tantos benefícios pra
uma só bebida que já deu vontade de se acabar em vinho até o ano que vem né!!
Ahhh, mas é aí que mora o perigo!! Segundo alguns manuais da OMS o consumo de
álcool NÃO deve ultrapassar 30g/dia, para evitar comprometimento no
funcionamento dos órgãos vitais como Coração, Fígado, Rins e Cérebro.
De modo geral o consumo
diário de álcool causa mais lesão do que o uso intermitente, quando é possível
algum grau de regeneração hepática. Além disso, o consumo frequente de álcool
(isto é, mais do que 6 dias por mês) pode desenvolver tolerância do organismo ao
álcool, o que é prejudicial para sua metabolização e a regeneração
hepática.
Agora entenda: Se o consumo diário
ou frequente de álcool prejudica a regeneração e a metabolização pelo organismo
é fato que os órgãos vão precisar de mais tempo para completar estes processos.
Ao mesmo tempo, as altas concentrações de álcool facilitam a produção de radicas
livres e a liberação de uma substância chamada NADH, que diminui a ação dos
agentes antioxidantes no organismo. Com isso haverá maiores concentrações de
radicais livres e menor efeito protetor do vinho que você taaanto bebeu!!
É por isso que sempre
mostramos a importância do equilíbrio e de ver os dois lados da moeda!!
Reconsidere seu consumo e entenda que este equilíbrio, não apenas com os vinhos, mas
com qualquer outra bebida alcoólica, é a chave para um organismo saudável mesmo
nos "dias de farra".
Tudo bem, não deixe de estourar o espumante no Fim de Ano daqui há 6 dias... Só não exagere nas taças e aproveite o início de mais um Novo Ano com saúde, alegria e consciência de que sua vida saudável começa por suas escolhas!
Tudo bem, não deixe de estourar o espumante no Fim de Ano daqui há 6 dias... Só não exagere nas taças e aproveite o início de mais um Novo Ano com saúde, alegria e consciência de que sua vida saudável começa por suas escolhas!
Boas Festas
TEXTOS DE REFERÊNCIA
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