Hoje o post vai para as mamães e papais de plantão, ou até pra você que
possui um irmãozinho, priminho, afilhado... Em relação à alimentação, às vezes
surgem aquelas dúvidas: "A partir de que idade meu bebê vai começar a
comer papinha?"; "Faz bem dar chá?" ou "Isso ou aquilo faz
mal pro meu bebê ingerir?"
Então, para esclarecer questões como estas,
vamos falar de alimentação complementar para bebês, que consiste em alimentos
oferecidos ao bebê para COMPLEMENTAR sua alimentação. Veja bem, não falamos em
substituir!
COMO E QUANDO INTRODUZIR O ALIMENTO?
Muitas vezes, a alimentação complementar é oferecida muito cedo pro
bebê, o que pode trazer problemas pra sua saúde, causando cólicas, diarreias,
alergias etc. Portanto, o leite materno deve ser oferecido exclusivamente até
os 6 meses de idade, sem necessidade de acrescentar outros alimentos ou
líquidos (água, chá e suco são contra-indicados nesta fase, pois atrapalham o
hábito de sucção do bebê).
O aleitamento materno supre as necessidades da
criança, e não existe leite fraco, ok? Todo leite materno possui
macronutrientes, vitaminas, minerais e fatores de proteção necessários para o
bebê. Dessa forma, o Ministério da Saúde recomenda que o aleitamento materno
seja mantido até os 2 anos de idade.
Após os 6 meses, acontecem modificações no organismo do bebê que
demandam uma complementação na sua dieta, e isso se torna necessário para o seu
desenvolvimento. Então, esta é a hora de introduzir GRADUALMENTE outros
alimentos. É recomendado uma papa salgada uma vez ao dia e uma papa de frutas
duas vezes ao dia, além do leite materno. Aqui também entra a ingestão de água,
oferecida em intervalos. A quantidade de papinha e de água será decidida pela
própria criança, e, geralmente, é bem pequena.
Lembre-se que é necessário
respeitar a vontade da criança, sem forçar se ela não estiver com fome. Os
horários devem ser estipulados de acordo com a rotina do responsável pela
criança, mas devem ser fixos, preferencialmente. Por exemplo, de manhã pode ser
oferecida uma papinha de fruta com leite materno; à tarde, a papinha salgada
com outra papinha de fruta. O leite materno pode ser oferecido conforme as
necessidades.
E COMO FAZER AS PAPINHAS?
A papinha salgada pode ter um alimento de cada grupo (imagine aqui um
prato de comida!):
- Um tipo de cereal ou tubérculo: arroz, batata, mandioca, macarrão etc.
- Um tipo de grão: feijão, grão de bico, lentilha etc.
- Um tipo de carne: frango, peixe, carne de boi ou ovos.
- Um tipo de hortaliça: alface, couve, agrião, cenoura, beterraba abóbora
etc.
Esses alimentos devem ser bem cozidinhos e amassados com garfo, sem
precisar bater no liquidificador, pois isso atrapalharia o desenvolvimento da
mastigação (acostuma a criança a comer apenas alimentos líquidos) e o bebê já é
capaz de mastigar com suas gengivas. A carne deve estar bem desfiada e macia. E
lembre-se de colocar os alimentos separados no pratinho, para a criança começar
a distinguir os sabores. Ah, nem precisa dizer que papinha caseira é muito
melhor que a industrial, né?
A papinha de fruta deve apresentar uma fruta, bem picadinha ou amassada.
Varie nos sabores e escolha frutas da
estação, podendo oferecer manga, uva, banana, maçã, mamão etc.
A partir dos 7 meses, é acrescentada mais uma papa salgada na
alimentação do bebê, passando a ser,
portanto, papa salgada e papa doce duas vezes ao dia.
Quando a criança
completar 8 meses, é possível introduzir alimentos mais sólidos, que a família
toda come. Aqui entra o incentivo dos familiares para uma alimentação saudável.
Mesmo que a criança rejeite, ofereça mais de uma vez. Varie na modo de preparo,
nos temperos, consistência, mas não desista na primeira tentativa!
MAMÃES E PAPAIS, FIQUEM LIGADOS!
Evite dar alimentos na mamadeira, e prefira copos, pratos, colheres etc.
A mamadeira causa gases, cólicas, pode levar à recusa do seio materno (isso
porque sugar o bico da mamadeira é mais rápido e fácil para obter leite) e
causar problemas fonoaudiólogos e nos dentes.
Ou seja, tudo de ruim. Prefira copinho!
Não ofereça porcarias para o bebê (entende-se doces, refrigerantes,
embutidos, enlatados e outros alimentos industrializados em geral). Os hábitos
alimentares saudáveis são criados em casa! Sua fofurinha não precisa dessas
besteiras para se sentir feliz. Além disso, a comida deve ser temperada com
ingredientes caseiros, pouco sal e refogada com pequena quantidade de óleo.
HIGIENE ACIMA DE TUDO
Muito cuidado com a higiene dos alimentos e dos utensílios! Tudo deve
ser lavado com água fervida e sabão. Atenção no armazenamento (guarde a papinha
em potinhos na geladeira) e não reutilize sobras no prato.
Após as refeições, é muito importante higienizar a boca do bebê, devendo
usar uma gaze molhada com água fervida. Quando os dentinhos começarem a
crescer, uma escova infantil pode ser usada com água ou pasta de dente sem
flúor.
PORQUE COMER TAMBÉM É UM APRENDIZADO...
Por fim, uma última dica: deixe a criança pegar na comida. Ela vai se
sujar, lambuzar, melar a roupa, a cadeirinha, o babador, vai voar comida no
quintal... Mas você deve deixar este momento de descoberta e aprendizado
acontecer. E não existe coisa mais fofa no mundo - acho que os pais são quem
mais babam nessas horas :D
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